Para promover a publicação na web e apoiar iniciativas de acesso eletrônico à publicações científicas e materiais acadêmicos, um grupo de pesquisa do Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC), localizado na Espanha, criou o Webometrics Ranking of World Universities (Web Ranking of Universities) que calcula a colocação das Instituições de Ensino Superior (IESs) de acordo com os seus indicadores de visibilidade na web. Atualmente classificam 30 mil instituições de mais de 200 países.
Na edição mais recente, publicada em julho, foram classificadas 1.349 instituições públicas e privadas brasileiras. Entre as 146 melhores posicionadas no ranking Brasil, encontram-se 10 instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. O Instituto Federal Catarinense (IFC) ocupa a 9ª posição da Rede e o 132 lugar na classificação nacional. A Universidade de São Paulo (USP) é a instituição brasileira melhor colocada ao se destacar na posição 68 no ranking mundial.
Para a professora Sônia Regina de Souza Fernandes, reitora do IFC, a divulgação dessa métrica em torno do ranqueamento das universidades do mundo em relação a produção do conhecimento da ciência, da tecnologia, é algo que ajuda a pensar o papel das instituições públicas em especial, e no caso brasileiro das públicas federais, na contribuição por meio da produção do conhecimento, da ciência, da tecnologia, da cultura e da própria arte com o desenvolvimento humano e social.
“No contexto das universidades e dos institutos federais é algo próprio defender a universalidade do acesso às suas produções. Contudo, muito nos orgulha obter dados, como este relatório, no qual mostram as instituições brasileiras em um posicionamento bastante favorável e com destaque para a tão recente e jovem Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. Apesar da nossa juventude, figuramos entre as instituições clássicas nesse ranqueamento mundial”, destaca Fernandes.
Segundo a reitora, a colocação do IFC no âmbito da Rede Federal comprova que o Instituto vem desenvolvendo seu papel, cumprindo o que está na legislação que o cria, assim como na missão e visão institucional. “Este é o resultado do trabalho dos nossos professores, técnicos e estudantes. Enfim, da gestão como um todo que vem se preocupando no decorrer da existência do IFC com a consolidação da produção do conhecimento, de uma ciência responsável que contribua com o desenvolvimento humano e social e que ajude na formação da cidadania dos nossos estudantes. Orgulha-nos essa efetiva contribuição com o desenvolvimento da nação e de um mundo melhor”, enfatiza.
Ao analisar o Web Ranking of Universities, Fernandes observa a colocação das instituições da América Latina e Caribe e cita Boaventura de Sousa Santos, professor e sociólogo português. “Enquanto região, podemos observar um movimento, como diz Boaventura, do sul para o norte, contraditório a tradição geralmente do norte para o sul numa visão etnocêntrica desses processos. Essa posição é motivo de orgulho, tanto da Rede Federal, como das universidades, entre elas a própria USP de São Paulo que se destaca na 1ª posição nacional”, reforça a reitora do IFC.
Rede Federal – As 10 melhores colocações da Rede Federal no Web Ranking of Universities são: Instituto Federal de São Paulo (IFSP), Cefet de Minas Gerais, Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), Instituto Federal do Espírito Santo (IFES), Cefet do Rio de Janeiro, Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), Instituto Federal do Sul de Minas Gerais (IFSUldeMinas), Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), Instituto Federal Catarinense (IFC) e Instituto Federal Goiano (IFGoiano).
Acesse o site e confira a classificação geral das instituições.
Sobre o Web Ranking of Universities
Webometrics Ranking of World Universities (Web Ranking of Universities), uma iniciativa do Laboratório Cybermetrics, um grupo de pesquisa pertencente ao Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC), localizado em Madrid, na Espanha. Atualmente classificam 30 mil Instituições de Ensino Superior (IESs) de mais de 200 países, com os indicadores de visibilidade das universidades na web. Iniciada em 2004, a classificação é atualizada sempre em janeiro e julho.
Objetivo original do ranking é promover a publicação na web; apoiar iniciativas de Acesso Aberto, acesso eletrônico a publicações científicas e a outros materiais acadêmicos são os principais alvos. Por isso, seus indicadores baseiam-se no desempenho global e na visibilidade das universidades na web e não no número de visitas ou no design da página.
Texto: Cecom/Reitoria/Rosiane Magalhães
Tradução: Cecom/Reitoria/Gabriela Meira Maia